Menu des Carnets >
La Photo

La Photo d'un Instant

d'un Instant
Loading


· Le Grand Carnet
· Le Petit Carnet


Voyage, voyage,
d'un instant à l'autre

D'une chronique à une autre
Ciganos
Chronique revisistée
· Parutions récentes
· Archives



· Courrier récent
· Archives Courrier
· Suivre mes traces
· Page en cours
· Autres pages




Carte Sud du Portugal

Sud du Portugal
· Portugal
· Sud du Portugal
· Algarve
· Andalousie ouest
· Sagres
· Carrapateira
· Costa Vicentina
· De Faro à Tavira
Accès direct aux
dernières parutions :

 
 
 
 
Les Pages des Lecteurs :
Vous suivez mes traces, vous tracez les vôtres :
une rubrique qui vous donne la parole, dans l'esprit du site
 
Récit d'une Vie, de l'Alentejo à Reims
Francisco Accão Farias 
 

Francisco nous raconte son enfance et sa jeunesse à Aljustrel puis son émigration forcée en France à Reims en 1972. Récit en plusieurs parties et en portugais (traduit en français également) rempli de déchirement et d'émotion.

Francisco m'a écrit ceci le Dimanche 22 Juin 2003 :

Bonjour senhor alquimista, veuillez excuser cette longue absence mais ma santé ma obligé une hospitalisation d'urgence, aujourd'hui suis en perme, mais je retourne à l'hôpital pour continuer ma chimio, depuis le mois de janvier je suis hospitalisé pour un cancer qui a été trouvé aux vertèbres et les métastases se déplacent vite et ont atteint le poumon droit et d'autres parties. Bon j'arrête là les problèmes de santé en vous demandant de continuer mon récit pour pouvoir le mettre dur 3 CD un pour chacun de mes enfants. Si je me permets de vous demander ceci, c'est que mes jours sont comptés et je vis au jour le jour à l'hôpital pour l'instant depuis le mois de janvier mais depuis le 1 Avril ceci est ma première permission une journée de liberté. Je vous souhaite un bon dimanche et peut-être des bonnes vacances, espérant une réponse de votre part sur mon récit et merci de votre compréhension. FARIAS Francisco.

 
Sixième partie : de 1972 à 1985
 

1972- 1975 : Descoberta de um novo mundo e regresso ao pais natal.

Depois de ter descoberto a nova morada e uma visita à vila de vez em quando, é tempo de pensar a regularizar a nossa situação administrativa porque viemos para França com passaportes turísticos mas não sabendo falar a língua do pais.

Fizemos vir uma prima minha que se encontrava já em França e falava um pouco francês. Bom ela conseguiu obter de papeis provisórios para todos nos mas era preciso renovar todos os três meses, também nos registrou numa escola onde fiquei 3 meses sem compreender uma palavra da professora e dos outros alunos; a escola só servia para que o meu pai recebe o abono família. Eu não me interessava a escola o que eu queria era trabalhar mas não tinha direito antes dos 16 anos. A professora não me compreendeu mandou chamar então um moço que falava francês e português. Ela me compreendeu e me inscreveu num centro de formação profissional, e comecei a aprender o curso de canalizador até fazer 16 anos. Depois podia já procurar um trabalho fora, para ganhar algum dinheiro para ajudar o meu pai a sair outra vez da nova miséria que noz íamos provocar. Só um salário não chegava para pagar o aluguer e para 5 pessoas.

E assim foi, comecei a ganhar a minha vida e dava o meu ordenado todo ao meu pai e a nossa vida começou a se melhorar de melhor em melhor. Em 1973 foi à volta do meu irmão António de vir para França chamado por um tio meu arranjou-lhe trabalho mas não fez o necessário para regularizar os papeis do meu irmão. E em 1974 o meu irmão foi considerado como um trabalhador clandestino et deram-lhe 15 dias para sair do pais. Outra separação para mim que eu não aceitei.

Fiquei ainda mais revoltado e ao mesmo tempo era uma ocasião para mim de o acompanhar e regressar ao pais e a maquina meteu-se em marcha, falei ao meu pai que tinha sempre na ideia de voltar para Portugal e o meu pai aceitou. Deixei o trabalho et regressei ao pais com o meu irmão. E fui viver para a casa da minha avo. Tinha um pouco de economias comigo, ia trabalhando de vez em quando et começou a revolução à qual eu participei à minha maneira. De noite ia guardar o novo jardim publico e de dia ia acompanhar os outros a controlar as estradas de Messejana e Rio de Moinhos; era como se fosse um filme estavam todos com carabinas de caça nas estradas para apanhar os policias secretos (P.I.D.E.). Era uma desordem completa em todo o lado. Mas enfim acabou-se a ditadura terrível do Salazar que eu era obrigado a olhar todos os dias quando ia à escola porque nas escolas havia em todas as classes os retratos do Salazar e do Américo Tomas e os professores obrigavam-nos a ir esperar horas e horas à beira da estrada quando passava um ditador em Aljustrel.

Em fim de 1975 as minhas economias iam baixando e era difícil de arranjar um trabalho definitivo por causa da situação política instável. Não arranjava trabalho, a rapariga que eu estava tanto apaixonado se tinha juntado com um primo meu. Muitos dos meus amigos também tinham emigrado, me sentido traído e abandonado decidi de telefonar ao meu antigo patrão em França para saber se ele me aceitava de novo. Ele me deu de novo trabalho e regressei de novo ao novo mundo a França.

E outra vez outra nova vida vai começar deixando as minhas ilusões do pais para trás. Mas o mal do pais continua. Porque só frequento cafés e bailes portugueses aos fins de semana, para fazer de novas conhecenças e talvez a mulher da minha vida .

Quem sabe ???? Ir sempre para a frente e nunca perder esperança.

Traduction en français à paraître.

 

1976 a 1979 : Outra nova vida vai começar.

Continuando a trabalhar e a ir aos bailes onde se encontram vários compatriotas sem esquecer a dificuldade de falar francês tudo vai por o melhor do mundo. Já moramos numa casa mais confortável e espaçosa e três ordenados entram em casa.

Um domingo num baile que tinha habito de frequentar se encontrava uma rapariga que os meus olhos fixaram ao mesmo tempo que os dela me fixavam, dançamos o domingo inteiro, acompanhei à casa dela e decidimos de nos ver o dia seguinte, eu já sabia que era ela que eu queria como minha mulher, apaixonamos se um do outro e o namoro durou 10 meses intensos.

Decidimos juntos de fixar uma data para o casamento eu estava o homem mais feliz do mundo ! O 30 de outubro 1976 estava casado com a mulher que amava. Tudo vai por o melhor do mundo em 1977 nascença do meu primeiro filho e outra vez sou o homem mais feliz do mundo. O meu francês vai-se melhorando e a escritura também porque eu tenho vontade de aprender para conseguir, compro livros de toda a sorte, vejo muito a televisão para aprender a prenunciar bem. Em 1978 compra de um apartamento novo, ainda não está construído, estou passando o exame para ter a carta de condução e continuo a ser o homem mais feliz sobre terra.

Em 1979 nascença do segundo filho (primeira bebedeira ao champanhe) com os amigos e a família. Em 1979 mudança de casa velha para o apartamento novo que comprei em 78 (um palácio). A vida me continua a sorrir. Fim de 79 compramos de novo nova mobilaria para equipar todo o apartamento.

Algumas pessoas da nossa família estavam ciumentas da nossa sucesso e deixaram de nos frequentar. Mas eu nunca me preocupei por eles porque nunca pedi alguma coisa a alguém. E a minha vida vai continuando a correr bem CHEIA DE AMOR E ALEGRIA junto da minha mulher e filhos... Há um provérbio que diz... O AMOR FAZ VIVER.

Traduction en français à paraître.

 

De 1980 à 1985 :
La vie continue comme un fleuve tranquille en franchissant les obstacles.

Como disse na pagina precedente passei o exame de condução com sucesso seis meses mais tarde comprei um automóvel de segunda mão e vou pagando pouco a pouco. Passamos as férias em França em diversas vilas durante um mês, e estou sempre amoroso e feliz em companhia dos meus (mulher e filhos) e o rio continua de correr lentamente até ao fim de 1981.

Principio de 82 a empresa onde trabalho vai fechar e me encontro pela primeira vez sem trabalho (desemprego). Foi como se o céu me tivesse caído em cima da cabeça, mas felizmente este período durou pouco tempo porque arranjei outro trabalho rapidamente e a tempestade fez só que passar.

Em 1982 nascença do terceiro filho e uma filha (segunda bebedeira ao champanhe) com amigos e família. Tudo vai por o melhor até ao principio de 1984 quando de novo aprendo que por a segunda vez a nova empresa onde trabalho vai fechar também. Começo de novo a entrar numa pânica porque não sei aonde me voltar com a responsabilidade que tenho em cima das costas. fico em casa sem sair dias e dias, faço uma depressão nervosa fumando cigarro sobre cigarro, de noite não dormia, deixei de me alimentar, a um ponto que tive de ser hospitalizado de urgência.

A partir deste momento a minha vida ia balançar de novo porque tudo o que tinha feito e realizado até agora vai caindo pouco a pouco indo até perdendo gosto à vida. A minha esposa fazia tudo para me montar o moral mas não conseguia. Devagar a minha vida ia-se degradando cada vez mais a todos os níveis (saúde, finanças, zangas com a minha esposa, não suportava as crianças) mas tínhamos de vir à evidencia que não podaram-nos conservar o nosso apartamento por falta de finanças.

Foi a pior decisão e a mais difícil da minha vida a pegar. Em fevereiro 1985 o apartamento foi vendido e a mudança de casa foi difícil, ainda hoje me pesa. Até ao fim do ano 1985 estava sempre doente, varias doenças apareciam de vez em quando e tinha como ordenado as alocações do fundo de desemprego e os abonos. MAS principio 1986 acordei de novo graça a vontade e apoio da minha esposa. O meu pai me dizia sempre ! Nunca percas esperança porque o futuro está à tua frente.

Traduction en français à paraître.

Page © Alquimista.net, 10 juillet 2003.
Texte © Francisco ACCAO FARIAS.
Matière fournie par les Lecteurs : lire les conditions d'utilisation du site
 

Un Instant
à Bahia




Carnet de Route
à Bahia, Brasil

 

Incendies
et canicule
au Portugal




Eté 2005
Eté 2004
Eté 2003
Tout feu,
tout flamme

Carte des risques
Risques actuels

 

Recherche thématique
dans le site




Recherchez les pages du site selon les thèmes qui vous intéressent.

 

En Alentejo



Tout devient quiétude
Haut-lieu
L'âge d'or
Bleu et blanc
Saudade réinventée
Tout reste quiétude

 

Chronique
Jardin & Cuisine




Tout au long d'une l'année, la vie d'un jardin annoncé et son prolongement en cuisine à Porto Covo, par Jean-Paul Brigand et Ann Kenny.

 

Vous préparez
un séjour ?




Voir ma sélection :
Guides de voyage
Sites Web
Ce qu'il faut visiter en priorité

 

Découvrez la belle
et sauvage
Costa Vicentina
De Sagres
à Odeceixe




Cap Saint-Vincent
Carrapateira
Vers le Nord
Pêche surprise

 

Vie rurale



• Mon pasteur préféré
• Ecrin secret
• Tecelagem, Tissage
• Bulle de bonheur
• Mel, miel
• Chemin des vaches
• Vers l'arrière-pays

 

Quelques souvenirs
de bouche




Restaurante Capelo
O Tamboril
Mouchão
Bernard(o)
Dois Irmãos
Pasteis de nata

 

A Serra



Mû, Caldeirão
Haut-Lieu
Nossa Senhora
Medronho
Orage finissant
Berger
Inútil paisagem
Lieu irréductible

 
 

 

 

Conception & Réalisation
© Alquimista.net
1998 - 2006
Tous droits réservés
Mentions légales